terça-feira, 22 de novembro de 2011

Como instalar temas no Ubuntu 11.10

Pescado no Viva o Linux

Instalar temas no Ubuntu 11.04 era simples, bastava descompactar o arquivo e com um clique direito do mouse no mesmo, selecionar o 'Instalador de Temas' no menu de contexto e pronto.

No Ubuntu 11.10 o processo é outro, isso porque esta versão do Ubuntu usa o GNOME 3.

O GNOME 3 precisa do Gnome-Tweak-Tool para modificar os temas, sejam temas de janelas, de ícones ou de mouse (Cursor Theme).

Ficou diferente, mas não difícil.

Instale o Gnome-Teak-Tool, no terminal:

$ sudo apt-get update && sudo apt-get install gnome-tweal-tool

Instalando os temas

Verifique os formatos de compactação dos arquivos que baixou, e no terminal aplique os comandos conforme o formato (tar.gz, bz2, tar.bz2).

Lembre-se de escolher temas em GTK-3, seja no Gnome-Look ou Deviant Art:

Os temas devem ser descompactados e colocados em suas devidas pastas:
  • Temas de janelas: /usr/share/themes
  • Temas de ícones e mouse: /usr/share/icons

Para mais detalhes sobre como descompactar os mais diversos arquivos, vai um link campeão de acessos no VOL: Como descompactar arquivos

Comandos para instalar temas de janelas:

$ sudo tar -zxvf nome.do-tema.tar.gz -C /usr/share/themes/
$ sudo tar -jxvf nome.do-tema.tar.bz2 -C /usr/share/themes/
$ sudo tar -Jxvf nome.do-tema.tar.xz -C /usr/share/themes/

Comandos para instalar temas de ícones e mouse:

$ sudo tar -zxvf nome.do-tema.tar.gz -C /usr/share/icons/
$ sudo tar -jxvf nome.do-tema.tar.bz2 -C /usr/share/icons/
$ sudo tar -Jxvf nome.do-tema.tar.xz -C /usr/share/icons/

Processo manual

Primeiro descompacte o tema, dê um clique com o botão direito do mouse no arquivo e escolha: 'Extrair aqui'. Abra o Nautilus como 'root', no terminal:

$ sudo nautilus

Ou:

$ gksu nautilus

Depois navegue: Sistema de arquivos -> usr -> share.

Na pasta 'themes' coloque os temas de janelas e na pasta 'icons', os temas de ícones ou mouse.

Após instalados os temas, abra o Gnome-Tweak-Tool e selecione-os no menu 'Tema':
Viva o Linux!

domingo, 20 de novembro de 2011

Remover ou Desabilitar a barra de rolagem overlay – Ubuntu 11.10

Pescado no blog do Matheus Bratfisch:

Remover ou Desabilitar a barra de rolagem overlay – Ubuntu 11.10

Boa noite,
Infelizmente a barra padrão do Ubuntu 11.10 continua a “overlay” que eu particularmente não gosto. Fui testar o método que fizemos no 11.04 e funcionou! (Só testei o de desabilitar)Utilize este comando (como root):

# echo export LIBOVERLAY_SCROLLBAR=0 > /etc/X11/Xsession.d/80overlayscrollbars

Caso queira testar um dos outros métodos, teste e nos avise se funcionou!

Remover ou Desabilitar a barra de rolagem overlay – Ubuntu 11.04

Abraços,
Matheus

Um editor (IDE) para programação simples e leva, mas poderoso

Geany is a small and lightweight Integrated Development Environment. It was developed to provide a small and fast IDE, which has only a few dependencies from other packages. Another goal was to be as independent as possible from a special Desktop Environment like KDE or GNOME - Geany only requires the GTK2 runtime libraries.
Some basic features of Geany:
  • Syntax highlighting
  • Code folding
  • Symbol name auto-completion
  • Construct completion/snippets
  • Auto-closing of XML and HTML tags
  • Call tips
  • Many supported filetypes including C, Java, PHP, HTML, Python, Perl, Pascal (full list)
  • Symbol lists
  • Code navigation
  • Build system to compile and execute your code
  • Simple project management
  • Plugin interface (see Plugins)
Geany is known to run under Linux, FreeBSD, NetBSD, OpenBSD, MacOS X, AIX v5.3, Solaris Express and Windows. More generally, it should run on every platform, which is supported by the GTK libraries. Only the Windows port of Geany is missing some features.
The code is licensed under the terms of the GNU General Public Licence. 

http://www.geany.org/

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Multimídia no Ubuntu 11.10

Os repositórios do Ubuntu 11.10 vem com 2 meta-pacotes multimídia - ubuntu-restricted-addons e ubuntu-restricted-extras. São pacotes multiverse (software restrito por copyright ou problemas legais) cujo conteúdo pode ser visto, na íntegra, aquiaqui.
                                         
Como se pode observar, ubuntu-restricted-addons é dependência para a instalação de ubuntu-restricted-extras.

Detalhando ainda mais os pacotes :

Ubuntu-restricted-addons

flashplugin-installer(i386 e AMD-64)
icedtea6-plugin
gstreamer0.10-ffmpeg     
gstreamer0.10-fluendo-mp3    
gstreamer0.10-plugins-bad 
gstreamer0.10-plugins-ugly


Ubuntu-restricted-extras

gstreamer0.10-plugins-bad-multiverse
libavcodec-extra-53
ttf-mscorefonts-installer
unrar

Esses pacotes incluem flash player e java (não é java da Sun, agora Oracle) que dão conta do recado, inclusive no complicado site do Banco do Brasil e codecs de áudio e vídeo para o cotidiano.

Fica faltando o libdvdcss2 para leitura de DVD com trava. Esse pode ser instalado dos repositórios do Medibuntu, libdvdcss2.

Para maiores detalhes, conferir no site www.ubuntued.info

 http://ubuntued.info/multimedia-no-ubuntu-11-10-oneiric-ocelot-mp3-flash-java

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Curso de Programação em C++

Esta foi pescado no Blog Algoritimando.com




c++
Você está sempre a procura de expandir seus horizontes e quer aprender uma nova linguagem? Então este post é para você!
O laboratório de computação gráfica da Petrobrás está disponibilizando uma página com materiais de um Curso de Programação em C++ totalmente gratuito!


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Como ter de volta os Screensavers no Ubuntu 11.10

Tal como indicavam alguns rumores, o Ubuntu 11.10 Oneiric Ocelot traz instalado o gnome-screensaver em vez do Xscreensaver. O gnome-screensaver é bastante simples e integra bem com o ambiente de trabalha, disponibilizando por exemplo uma função para bloquear o screen.

Hoje vamos aprender como voltar a ter um conjunto de sreensavers disponíveis, instalando para isso o Xscreensaver.

sudo apt-get remove gnome-screensaver
sudo apt-get install xscreensaver xscreensaver-gl-extra xscreensaver-data-extra 


Veja a dica completa no link:
http://pplware.sapo.pt/linux/ubuntu-11-10-oneiric-ocelot-onde-andam-os-screensavers/#comments

Ubuntu 11.10 - Voltando ao velho e bom Gnome Classic

Depois que saiu a nova versão do Ubuntu, nem todo mundo gostou da maneira de ser do Unity, e prefere mesmo a versão anterior do Gnome, com seus menus, sua maneira de organizar as janelas, as ferramentas de uso diário no lugar de sempre, etc.

Então, para quem quer voltar ao velho Gnome, basta dar o seguinte comando em um terminal:

sudo apt-get install gnome-session-fallback

E depois de instalado, basta encerrar a sessão e entrar novamente selecionando o Gnome Classic na tela de login.

Já para tornar o Gnome Classic o ambiente padrão, basta dar este comando (em um terminal):

sudo /usr/lib/lightdm/lightdm-set-defaults -s gnome-classic

t+
:-)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

pescado no blog IG Economia:

Nos EUA, pobreza toma conta dos subúrbios

Ícone da prosperidade e da estabilidade da classe média americana, os subúrbios veem taxas de pobreza disparar, com cenas impressionantes de abandono

Sabrina Tavernise, do The New York Times | 26/10/2011 05:28

PARMA HEIGHTS, Ohio – A população pobre nos subúrbios dos Estados Unidos – antes símbolos de uma classe média estável e próspera – aumentou em mais de 50% desde 2000, obrigando comunidades suburbanas de todo o país a reavaliar suas identidades e como elas servem sua população.

Foto: Dustin Franz/The New York Times
Casa com placa de vende-se por US$ 10 mil em Warrensville Heights, Ohio, no subúrbio de Cleveland, em 11 de outubro: fim de uma era
Leia também: Número de pobres nos EUA bate recorde de 46,2 milhões
Brasil terá menos pobres que EUA, diz Santander
O aumento da população pobre nos subúrbios foi de 53% - nas cidades este aumento foi de 26%. A recessão acelerou o seu ritmo: dois terços dos novos subúrbios pobres surgiram entre 2007 e 2010.
"O crescimento tem sido impressionante", disse Elizabeth Kneebone, uma pesquisadora sênior do Instituto Brookings, que conduziu a análise dos dados do censo. "Pela primeira vez, mais da metade dos pobres metropolitanos vivem em áreas suburbanas."
Como resultado, os municípios dos subúrbios – antes preocupados apenas com questões como policiamento, incêndios e reparação de estradas – estão enfrentando um novo conjunto de problemas sobre como como ajudar os moradores pobres, sem os programas sociais oferecidos pelas cidades e como levar serviços a esses moradores sem a existência de transporte público. Muitos subúrbios estão enfrentando esses desafios com os orçamentos mais apertados em anos.

Cinema fechado no Randall Park Mall, em Ohio: comunidades suburbanas pelos EUA estão reavaliando suas identidades e como servir suas populações - Foto: Dustin Franz/The New York Times 
 
Ao longo da década, subúrbios do meio-oeste registraram maior aumento no número de pobres. Mais recentemente, no entanto, o aumento tem sido mais acentuado onde houve maior colapso imobiliário, como em Cape Coral, na Flórida, e Riverside, Califórnia, de acordo com a análise do Instituto Brookings.
 
Quase 60% dos pobres de Cleveland, por exemplo, antes se concentravam em seu núcleo urbano, mas agora vivem em seus subúrbios – em 2000, cerca de 46% viviam nos subúrbios.
 
Em todo o país, 55% da população pobre nas regiões metropolitanas agora vive nos subúrbios – aumento significativo dos 49% registrados anteriormente.
A pobreza é algo novo em Parma Heights, subúrbio tranquilo de pequenas vilas e gramados cortados, e pedir ajuda pode ser difícil. O Parma Heights Food Pantry, espécie de banco de alimentos comunitário com preços reduzidos, que começou a servir várias dezenas de famílias por mês em 2006, agora ajuda 260 e atrai um fluxo de vítimas da economia americana. Muitos nunca precisaram de ajuda para se alimentar antes. 
Leia tudo sobre: 

O problema da recessão e da crise imobiliária tem arrastado pessoas da classe média para baixo na escala de renda. Conforme definido pelo Census Bureau, a linha de pobreza para uma família de quatro pessoas foi de US$ 22.314 no ano passado ou cerca de R$ 3.300 ao mês.
As ligações para centrais de ajuda social, como a United Way, de áreas suburbanas mais que dobraram de 2005 a 2010. "Estamos vendo aumento na necessidade de ajuda em lugares nos quais nunca esperávamos que isso acontecesse", disse Stephen Wertheim, diretora da central de ajuda First Call for Help.
 
Pescado no Blog do Saraiva:

Presidenta Dilma Rousseff sanciona hoje o Pronatec


O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec) será sancionado amanhã (26) pela presidenta Dilma Rousseff.

A presidenta da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, Fátima Bezerra (PT), a convite do Ministério da Educação, participará da cerimônia, que terá início às 11h30 no Palácio do Planalto.

O Pronatec é considerado a maior reforma de educação profissional já feita no país porque amplia a rede federal de escolas técnicas, fortalece o Ensino Médio dos estados e envolve o sistema S na oferta de escolas de ensino técnico. Ele também oferece incentivos fiscais para empresas que ofereçam educação profissional aos sues trabalhadores.

Serão 8 milhões de vagas em cursos de formação técnica e profissional para estudantes do ensino médio de escolas públicas e para trabalhadores; 5,6 milhões para cursos de curta duração, destinados à qualificação profissional de trabalhadores; e outras 2,4 milhões de vagas para cursos técnicos voltados aos estudantes do ensino médio, com duração mínima de um ano.


O Pronatec prevê que 30% dos recursos para a ampliação da oferta de educação profissional e tecnológica sejam aplicados nas regiões Norte e Nordeste, e 5% das vagas, para formação de pessoas com deficiência. Também será reservado 1,1 milhão de vagas para os beneficiários do plano Brasil sem Miséria.

Como presidenta da CEC, Fátima Bezerra se empenhou pessoalmente na aceleração da aprovação do Pronatec no Congresso Nacional. Sob sua gestão, a CEC engendrou audiências públicas em todo o país com o objetivo de esclarecer e mobilizar a população em torno do assunto.

O Pronatec foi relatado simultaneamente em quatro Comissões, e na CEC coube a Antônio Carlos Biffi (PT) a elaboração do texto. Ele foi aprovado em 31 de agosto na Câmara dos Deputados e em 19 de outubro no Senado Federal.



terça-feira, 25 de outubro de 2011

Librix Desktop 5.0 – 32 bits (Itautec)


Librix é a distribuição Linux nacional desenvolvida pela Itautec com os diferenciais fundamentais para a implementação segura do software em sua empresa. É o único sistema que oferece o conjunto de hardware e software e atende a todas as exigências de qualidade, manutenção, melhorias contínuas e suporte técnico. São os melhores e mais estáveis pacotes do mercado, selecionados, testados e homologados pela Itautec que disponibiliza um instalador com interface simples e um ambiente de configuração amigável. Com o sistema Librix, seu negócio terá a liberdade, confiabilidade e dinamismo do software livre com a qualidade, segurança e serviço de uma empresa com excelência em tecnologia.

* Sistema robusto e versátil
* Serviço e suporte técnico à disposição
* Fácil de instalar e usar.
* Atualizações automáticas
* Melhoria do desempenho e da segurança do computador
* Facilidade e flexibilidade

Referências:

Download Aqui  (os isos)
Baixe Librix 5.0 Torrent
Itautec.com.br
Librix

Pescado no blog dos Amigos do Presidente Lula

 

R$ 150 mil para evitar publicação de matéria na revista Veja - revela o Estadão

  Em primeira-mão no Blog Os Amigos do Presidente Lula em 23/10/2011 as 17:28hs   

Sem querer o jornal Estadão jogou a revista Veja no caldeirão de suspeitos de cobrar R$ 150 mil para silenciar sobre encândalos.

Foi nesta matéria, onde o alvo era Agnelo Queiroz, mas se a Polícia Federal investiga as conexões políticas no caso, agora não pode deixar de fora as investigações sobre a revista Veja, para averiguar se a revista não estaria participando da partilha do dinheiro da máfia que fraudou convênios com o Ministério do Esporte.

Eis o trecho do Estadão onde "entrega" a revista:


Geraldo Nascimento contou à Polícia Civil que na reunião foi debatida uma forma de arrecadar R$ 150 mil para tentar evitar a publicação da matéria pela revista Veja, baseadas nas acusações feitas por Michael. A matéria foi publicada em abril de 2008. Discutiriam também o que fazer com o delator.

Clique nas imagens para ampliar
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,motorista-reafirma-reuniao-entre-agnelo-e-ongs,788930,0.htm


É preciso advertir que estas acusações, como as outras, são frágeis, muita coisa baseada apenas em depoimento sobre a tal reunião, na base do "ouviu falar", do "fiquei sabendo". O depoente sequer diz que participou, nem que testemunhou. Além disso ele está envolvido no desvio das verbas e participou da campanha da família Roriz em 2010. Então todo cuidado é pouco.

Mas o fato é que a revista Veja publicou uma matéria na edição 2057 de 23 de abril de 2008, com o referido Michael atacando Agnelo.

Agnelo é o alvo das acusações na revista nesta matéria, o que evidencia que ele não pagou propina à revista para não ser atacado.

Isso poderia ser evidência a favor da revista, porém...

... nenhuma linhazinha sobre o PM João Dias. O nome dele nem é citado. E, em outros jornais, Michael o acusa de o ter ameaçado e até quebrado o pulso.


 A revista saiu no sábado, dia 19 de abril de 2008.

Dezenove dias antes, no dia 01 de abril, o PM João Dias fora preso na Operação Shaolin, como comprova esta matéria do Correio Braziliense:


Por que a Veja fez silêncio sobre a Operação Shaolin e sobre o PM, e só atacou Agnelo?

E não foi apenas nesta edição 2057. Não há registro nos arquivos digitais da revista (arquivo completo com todas as edições) sobre a Operação Shaolin, nem da prisão do PM. Seu nome só aparece nas páginas da revista agora, em outubro de 2011.

O povo quer saber:

1) A revista (ou alguém da revista) recebeu ou não propina de R$ 150 mil do PM João Dias, para não publicar denúncias contra ele?

2) Qual o pacto da revista Veja com o PM João Dias, para esconder todos os escândalos que ele está envolvido desde 2008, e só citá-lo agora quando ele quis aparecer como "denunciante"?

domingo, 2 de outubro de 2011

Python: Pensando como um Cientista da Computação

 
 
Tradução: Guilherme S. Silva


Enquanto preparava a tradução deste livro encontrei a mesma obra já traduzida, embora não tenha sido advertido disto pelo autor, Allen B. Downey. Como a tradução está bem feita simplesmente recomendo que os leitores a visitem em Pensando como um cientista da computação, tradução de Francisco Souza.

Prefácio

A estranha história deste livro

Em janeiro de 1999 eu me preparava para ensinar uma aula de introdução à programação em Java. Por três vezes já havia ministrado este curso e sempre me sentia frustrado. A taxa de reprovação nas turmas era muito alta e, mesmo entre os alunos aprovados, a nível geral de satisfação era muito baixo.
Um dos problemas estava nos livros adotados. Eles eram muito extensos, com excesso de detalhes sobre Java, e não cobriam com a orientação suficiente e de bom nível sobre como programar. E todos eles caiam na armadilha de começar de modo fácil e ir aumentando o nível de dificuldade gradualmente até que, em torno do capítulo 4, o conteúdo já estava complexo demais e os alunos começavam a desistir. Eles se  sentiam sobrecarregados com o material novo e eu passava o resto do semestre tentando remediar a situação.
Duas semanas antes do primeiro dia de aula decidi escrever meu próprio livro. Meus objetivos eram:
  • Manter o livro curto. É melhor que os alunos leiam 10 páginas do que fiquem sem ler 50.
  • Ter cuidado com o vocabulário. Tentei minimizar o uso do jargão e apresentar a definição de cada termo na primeira utilização.
  • Construir o conhecimento gradualmente. Para evitar armadilhas dividi os temas mais difíceis em uma série de pequenos passos.
  • Focar na programação, e não na linguagem escolhida. Incluí o subconjunto útil mínimo de Java e deixei o resto de fora.
Para o título pensei em How to Think Like a Computer Scientist (Pensando como um cientista da computação).
A primeira versão ficou um tanto grosseira mas atingiu os objetivos. Os alunos leram e entenderam o suficiente para que eu dedicasse o tempo em sala de aula para os temas mais difíceis, os tópicos interessantes e (o que era mais importante), deixando que os alunos praticassem.
Lancei o livro sob a GNU Free Documentation License, que permite aos usuários copiar, modificar e distribuir o livro.

O que aconteceu depois é a parte mais curiosa. Jeff Elkner, um professor do nível médio na Virgínia, adotou meu livro e o traduziu para Python. Ele me mandou uma cópia da sua versão o que fez com que eu passasse pela experiência incomum de aprender Python lendo meu próprio livro.
Jeff e eu revisimos o texto e incluimos um estudo de caso realizado por Chris Meyers, e em 2001 lançamos Como pensar como um cientista da computação: Aprendendo com Python, também sob a GNU Free Documentation Licence. O livro foi publicado pela Green Tea Press e começamos a vender cópias em papel através da Amazon.com e livrarias da Universidades. Outros livros da Green Tea Press estão disponíveis no greenteapress.com.
Em 2003 comecei a lecionar na Olin College, onde tive que ensinar Python pela primeira vez. O contraste com o Java foi impressionante. Os estudantes tiveram que se esforçar menos, aprenderam mais, apresentaram projetos mais interessantes e, principalmente, se divertiram.
Nos últimos cinco anos continuei a desenvolver o livro, corrigindo erros, melhorando algunss exemplos e acrescentado material, especialmente exercícios. Em 2008 comecei a fazer uma grande revisão geral do livro, ao mesmo tempo em que fui contactado por um editor em Cambridge University Press, interessado em publicar uma próxima edição. Feliz coincidência!
O resultado é o presente livro. Algumas das alterações são:
  • Acrescentei uma seção sobre a depuração no final de cada capítulo. Essas seções apresentam técnicas gerais para encontrar e evitar mensagens de erros e advertências de Python.
  • retirei o material nos últimos capítulos sobre a implementação de listas e árvores. Por mais fascinantes que sejam estes tópicos, julguei que estavam fora de contexto em relação ao restso do livro.
  • Adicionei exercícios, que vão desde testes curtos de entendimento até alguns projetos maiores.
  • Adicionei uma série de estudos de caso - exemplos mais longos com exercícios, soluções e discussão. Alguns deles são baseados em Swampy, um conjunto de programas em Python que escrevi para o uso em minhas aulas. Swampy, exemplos de código e algumas soluções estão disponíveis a em thinkpython.com.
  • Ampliei a discussão dos planos de desenvolvimento de programa e padrões básicos de projetos.
  • O uso de Python é mais idiomático. Embora o livro ainda seja sobre a programação, e não sobre a linguagem Python, agora acredito que ele alcança um nível mais elevado devido à linguagem escolhida.
Eu espero que você aprecie ler e trabalhar com este livro, e que possa com ele aprender a programar e pensar, pelo menos um pouco, como um cientista da computação.

Agradecimentos

Os agradecimentos do autor e a lista de todos os que contribuiram para o aperfeiçoamento do livro pode ser lida no site Open Book Project.

Capítulos:

  1. O caminho da programação
  2. Variáveis, expressões e declarações
  3. Funções em Python
  4. Estudo de caso: design de interfaces
Allen B. Downey e Needham MA
Allen Downey é Professor Associado de Ciência da Computação na Franklin W. Olin College of Engineering.

Pobres que trabalham e estudam têm jornada maior que operários do século XIX

Pescado no VioMundo


---------
por Fernando César Oliveira, site da UFPR, sugestão de Luana Tolentino

O economista Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), classificou ontem à noite em Curitiba como “heróis” os brasileiros de famílias pobres capazes de conciliar o trabalho com o estudo.
“No Brasil, dificilmente um filho de rico começa a trabalhar antes de terminar a graduação ou, em alguns casos, até mesmo a pós-graduação”, observou Pochmann.
“Os brasileiros pobres que estudam e trabalham são verdadeiros heróis. Submetem-se a uma jornada de até 16 horas diárias, oito de trabalho, quatro de estudo e outras quatro de deslocamento. Isso é mais do que os operários no século XIX.”
O presidente do Ipea foi um dos palestrantes na abertura da terceira edição do Seminário Sociologia & Política, ao lado da professora Celi Scalon (UFRJ), no Teatro da Reitoria da UFPR. “Repensando Desigualdades em Novos Contextos” é o tema geral do seminário. Promovido pelos programas de pós-graduação em Sociologia e em Ciência Política da instituição, o evento termina nesta quarta-feira (28).
Pochmann lembrou que o Brasil levou cem anos, desde a proclamação da República, em 1889, para universalizar o acesso das crianças e adolescentes ao ensino fundamental. “Mas esse acesso foi condicionado ao não crescimento dos recursos da educação, que permaneceram em torno de 4,1% ou 4,3% do PIB. Sem ampliar os recursos, aumentamos as vagas com a queda da qualidade do ensino.”
Essa universalização do ensino fundamental, no entanto, não significa que 100% dos brasileiros em idade escolar estejam estudando. Segundo dados apresentados pelo dirigente do Ipea, ainda existem 400 mil brasileiros com até 14 anos fora da escola. Se essa faixa etária for estendida para 16 anos, a cifra salta para 3,8 milhões de pessoas.
“A cada dez brasileiros, um é analfabeto. E ainda temos cerca de 45% analfabetos funcionais. É muito difícil fazer valer a democracia com esse cenário.”
Em sua fala, Marcio Pochmann também abordou temas como a redução da taxa de fecundidade das mulheres brasileiras, o crescimento da população idosa, o monopólio das corporações privadas transnacionais e a concentração da propriedade da terra.
“O Brasil não fez uma reforma agrária, não democratizou o acesso à terra. Temos uma estrutura fundiária mais concentrada do que em 1920, com o agravante de que parte dela está nas mãos de estrangeiros”, afirmou o economista. “De um lado, 40 mil proprietários rurais são donos de 50% da terra agriculturável do país, e elegem de 100 a 120 deputados federais. De outro, 14 milhões trabalhadores rurais, os agricultores familiares, elegem apenas de seis a dez deputados.”
Para Marcio Pochmann, a desigualdade é um produto do subdesenvolvimento. “Não que os países desenvolvidos não tenham desigualdade, mas não de forma tão escandalosa.”
Nem revolucionário, nem reformista
Segundo o presidente do Ipea, a participação dos 10% mais ricos no estoque da riqueza brasileira não mudou nos últimos três séculos. Permanece estacionada na faixa percentual em torno de 70 a 75%.
“Somos um país de cultura autoritária, com 500 anos de história e menos de 50 anos de vivência democrática. O Brasil não é um país reformista e muito menos revolucionário”, sentencia Pochmann. “A baixa tradição de uma cultura partidária capaz de construir convergências nacionais nos subordina a interesses outros que não os da maioria da população.”
Marcio Pochmann afirmou que os ricos não pagam impostos no Brasil. “Quem tem carro, paga IPVA. Quem tem lancha, avião ou helicóptero, não paga nada. E o ITR [Imposto Territorial Rural] é só pra inglês ver”, exemplificou. “Quem paga imposto no Brasil são basicamente os pobres.”
Um estudo do Ipea teria demonstrado que os moradores de favelas pagam proporcionalmente mais IPTU do que os brasileiros que vivem em mansões. “Quem menos paga é quem mais reclama de imposto. Tanto que impostômetro foi feito no centro rico de São Paulo.”
Pochmann observa que o tema das desigualdes não gera manifestações, não gera tensão. “Não há greve em relação às desigualdades.”
Trabalho imaterial
Na avaliação de Márcio Pochmann, a sociedade mundial está cada vez mais assentada no que ele chama de “trabalho imaterial”, associado a novas tecnologias de informação, como aparelhos celulares e microcomputadores. “O trabalhador está cada vez mais levando trabalho pra casa.”
Essa sociedade do trabalho imaterial, conforme o dirigente do Ipea, pressupõe uma sociedade que tenha como principal ativo o conhecimento. “Pressupõe o estudo durante a vida toda, e o ensino superior apenas como piso.”
Pochmann criticou ainda a forma como a comunidade acadêmica tem tratado o tema das desigualdades no país. “O tema tem sido apresentado de forma muito descritiva e pouco de enfrentamento real e efetivo. Em que medida a discussão está ligada a intervenções efetivas, a políticas que possam de fato alterar a realidade como a conhecemos?”
Na avaliação dele, a fragmentação e a especialização das ciências sociais aprofundariam o quadro de alienação sobre o problema das desigualdades.
“As pesquisas não mudam a realidade. Quem muda a realidade é o homem. Agora, as pesquisas, as teorias mudam o homem. Se mudarem o homem, ele muda a realidade. Nada nos impede de fazer isso, a não ser o medo, o medo de ousar.”

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Para entender o caso Battisti

Saiu no blog do Luis Nassif um artigo bem interessante para entender o caso Battisti.

 Vale a pena dar uma lida.

Luís Roberto Barroso e o caso Battisti


Por Webster Franklin
Do Migalhas
Carta aos migalheiros
Reflexões de Luís Roberto Barroso sobre o caso Cesare Battisti
O advogado Luís Roberto Barroso, do escritório Luis Roberto Barroso & Associados, que defende o refugiado Cesare Battisti no STF, enviou uma "Carta aos migalheiros: Reflexões sobre o caso Cesare Battisti".Registrando ter feito bom proveito das manifestações favoráveis e desfavoráveis, narra os fatos e as teses jurídicas em discussão. Após expor diversas questões que não chegaram ao conhecimento do público em geral, conclui: "A partir daqui, cada um formará seu próprio juízo, de acordo com seus valores, suas crenças, seus desejos".

Leia o artigo completo.